Tradução Simultânea Remota: Sustentabilidade e Ecoesão: Vamos Salvar a Amazônia!

Vamos Salvar a Amazônia!
Vamos Salvar a Amazônia!

7 de Setembro foi o dia da Esperança de Salvar Amazônia

Os dias e fusos horários de tradutores e intérpretes de conferência são regidos pelos eventos cibernéticos. Em pleno feriado nacional- independência do Brasil- nós estávamos em frente de dois computadores  para em equipe, traduzirmos para o inglês, português, francês e espanhol ( Lívia Negrão, Monique Freitas, José Borba, Jaqueline Moreno, Marilia Fontes e coordenação geral de Sandro Ruggeri Dulcet, Humana Tradução e Comunicação).

O Nome do Webinar Internacional traduz a nossa urgência de nos colocarmos a postos para o desempenho da nossa função de “construtores de pontes” de comunicação internacional: AMAZÔNIA PARA A VIDA: PROTEGER 80% ATÉ 2025. E como isso será possível?

Essa pergunta foi formulada pela COICA (Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica) e amplamente discutida no webinar com cientistas, professores, gestores e líderes indígenas, dentre eles Alicia Guzmán, Carlos Nobre, Gregorio Diaz Mirabal, Marlene Quintanilla,Carmen Jose, David Kaimovitz e Martín von Hildebrand.

COICA (Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica)
COICA (Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica)

Durante o encontro, foi feita a análise baseada em evidências sobre as terras que devem ser protegidas ou manejadas de forma sustentável e a gama de soluções disponíveis para alcançar um caminho sustentável para a Amazônia e cumprir as metas climáticas ao mesmo tempo.

E dois fatos sobre a resiliência contínuam da Amazônia são irrefutáveis:

  1. A importância dos povos indígenas e seus territórios para proteger as florestas amazônicas contra o desmatamento
  2. O risco de a Amazônia se aproximar de um ponto de inflexão (exaustão)por conta própria em decorrência de uma conjunção de desastrosas mudanças como clima, déficit hídrico, uso do solo, que já se manifestam e se tornam mais críticas a cada ano.
A importância dos povos indígenas
A importância dos povos indígenas

Uma grande preocupação é que, uma vez que esses limites sejam excedidos, a perda de floresta em grande escala causará redução de chuvas, aumento de incêndios e maior desmatamento. Uma tragédia anunciada sem proporções. Hora de agir!

Risco de Ecocídio

Para evitar o ponto de inflexão é urgente zerar o desmatamento, degradação e incêndios florestais, além de restaurar e regenerar grandes áreas para salvar a floresta amazônica e evitar a  ‘savanização’: maior frequência de secas severas, diminuição das chuvas na bacia, estação seca se tornando mais longa no sul e leste da Amazônia, diminuição na reciclagem de água, florestas estão se tornando uma fonte de carbono nessa parte da floresta, degradação florestal, temperaturas mais altas e secas severas aumentam a vulnerabilidade a incêndios, taxas de mortalidade de espécies de árvores de clima úmido.

A demarcação das terras é, portanto, o passo certo a ser dado. Quanto mais índios na Amazônia, mais proteção das bacias e do bioma como todo.

O cientista Carlos Nobre enalteceu os serviços ambientais fornecidos gratuitamente pela floresta amazônica, dentre eles:

  • Alto eficiência na reciclagem de água, de nutrientes, de bloqueio da propagação do fogo,
  • Alta diversidade vegetal e animal
  • Grande poder de armazenamento e sumidouro de carbono
  • Rios voadores

O dia Seguinte: Conferência da Natureza

Dia 8 de setembro, a data que dá início a esperança de dias melhores. A seguir, reportagem completa publicada no site da UOL, fonte AFP

A União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) examina, a partir desta quarta-feira, as moções de seu congresso em Marselha, incluindo quase 30 consideradas urgentes, ou controversas, como a proteção de 80% da Amazônia até 2025.

A proposta foi apresentada pelos grupos indígenas, que contam, a partir do congresso deste ano, com sua representação própria. A UICN é uma instituição incomum, na qual Estados, organizações não governamentais e agora grupos indígenas discutem em pé de igualdade sobre os temas que envolvem a biodiversidade.

Esta é a primeira vez que as Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (Coica) participam como membros titulares do congresso. A Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) faz parte da Coica. Os votos dos grupos indígenas na discussão final são agrupados junto com os das ONGs. As moções aprovadas viram resoluções.

Confira propostas em discussão no Congresso:

Proteção da Amazônia

 A moção de urgência solicita “proteger e conservar ao menos 80% da Amazônia até 2025”, diante do perigo crescente dos incêndios e do desmatamento.

Uso da biologia sintética

Um grupo de trabalho da UICN elaborou um rascunho de Carta de Princípios sobre o uso da biologia sintética, ou seja, a combinação de “ciência, tecnologia e engenharia para facilitar e acelerar (…) o design (…), ou a modificação de materiais genéticos, organismos vivos e sistemas biológicos”.

A moção garante a capacidade dos Estados-membros de aplicarem o “princípio da precaução” para proibir qualquer atividade que possa ser prejudicial à biodiversidade.

Covid-19

Uma moção de urgência aborda o aumento do risco de uma propagação de zoonoses por causa da perda de biodiversidade. A moção pede aos membros que “desenvolvam estratégias de prevenção das pandemias” e que “reduzam as interações diretas entre humanos e espécies selvagens”.

Novo marco mundial para a natureza

Duas moções estão relacionadas com as negociações internacionais para estabelecer um novo marco mundial para a proteção da natureza.

Uma delas pede aos 1.400 membros da UICN que colaborem para o êxito da COP15″, que aborda este marco legal. A proposta será discutida em abril de 2022 na China. A outra defende a ideia de se proteger “ao menos 30%, ou ao menos metade, do nosso planeta”. O percentual não está definido.

Mudança climática

A UICN deseja criar uma “comissão sobre a crise climática” para participar dos esforços para reduzir as emissões de gases do efeito estufa.
Proteger o fundo do mar
Uma moção defende uma “moratória sobre a mineração no fundo do mar”. Algumas empresas querem explorar as jazidas de metal no fundo do mar, o que é rejeitado por algumas ONGs.
Além dos debates sobre a Amazônia, representantes brasileiros participam de outros painéis no Congresso.

Link: Congresso da Natureza: Proteção de 80% da Amazônia começa a ser discutida em Marselha

Participe da campanha mundial para salvar a Amazônia! Assine o Manifesto

coica.org.ec
Manifesto: Fonte Avaaz

A gente merece a vida inteira!

Jacqueline Moreno  é jornalista, tradutora e intérprete simultânea, educadora e pesquisadora na área de inteligência coletiva. É parceira colaboradora da Humana Tradução e Comunicação.

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