Hoje, 19 de abril, 79 anos depois do “Dia do Índio” ser institucionalizado pelo governo de Getúlio Vargas, através do decreto-lei 5.540 de 1943 , o que temos para comemorar?
Participando de vários eventos internacionais online como intérprete simultânea remota, o que tem me tocado profundamente é traduzir vozes em espanhol, português em inglês de mulheres indígenas das Américas e perceber que são elas as que mais sofrem e lutam pelo direito à terra, pela família unida e pela saúde coletiva das suas comunidades. COIAC, COIAB e Anistia Internacional estão desenvolvendo várias pautas propositivas para celebrar a valorização e preservação das povos indígenas e originários das florestas.
E em uma dessas rodadas de conversas com cientistas e líderes indígenas, o professor Carlos Nobre, uma das maiores referências em estudos sobre aquecimento global do país, afirmou que a floresta Amazônica está muito próxima do ponto de “não retorno” se o desmatamento continuar. Segundo ele, a Amazônia pode estar perto de um ponto de inflexão se o desmatamento exceder 20% a 25%. Isto é gravíssimo!
As terras indígenas são, portanto, primordiais para a saúde planetária e devem sempre estar asseguradas pela nossa constituição.
Graças aos povos originários, temos ainda florestas em pé, hoje seriamente ameaçadas pelo garimpo ilegal e também por decretos de leis e marco temporal que precisam ser vetados, urgentemente.
Sem “todo dia de Índio” não há ” todo dia” da Terra .Precisamos do Bem Viver.
Preservando os índios, preservamos as presentes e futuras gerações.
“Deixa o índio vivo na floresta, deixa” (Tom Jobim)
Demarcação Já!
Vamos espalhar benefícios, juntes!
Jacqueline Moreno
Links Relacionados:
valor.globo.com
www.climatealliance.org/
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