Segundas Pelas Vidas Negras:  Medida Provisória, o Filme

Fui ao Cinema do Museu, parte do patrimônio cultural do Circuito Sala de Arte,  recém reformado. Eu amo a tela grande, ainda mais dia de domingo chuvoso em  Salvador. A sala Marcelo Sá, em homenagem ao querido amigo que nos deixou subitamente, estava lotada. O motivo era claro: o filme Medida Provisória que tem como diretor, Lázaro Ramos. Assistam! Um filme necessário e serve como alerta para que a democracia e os direitos fundamentais estejam sempre no nosso radar de civilidade. 

Lamentavelmente, vidas estão sendo deixadas para trás e vemos nitidamente que cada vez mais,  que “uns são mais iguais que outros”.  A reparação história com os negros e negras do nosso país ainda é um capítulo  que suscita de muitos dispositivos de leis e cotas cidadãs. Meritocracia não se adequa à equidade tão urgente para que realmente haja igualdade sócio cultural e ambiental para todos e todas!

Leiam a sinopse da Medida Provisória e lotem as salas de cinema da cidade! Assim, damos vida longa ao incrível projeto cinematográfico digno de todos os aplausos. Por sinal, ontem fizemos isto de pé! 

Em um futuro distópico, o governo brasileiro decreta uma medida provisória, em uma iniciativa de reparação pelo passado escravocrata, provocando uma reação no Congresso Nacional, que aprova uma medida que obriga os cidadãos negros a migrarem para a África na intenção de retornar a suas origens. Sua aprovação afeta diretamente a vida do casal formado pela médica Capitú (Taís Araújo) e pelo advogado Antônio (Alfred Enoch), bem como a de seu primo, o jornalista André (Seu Jorge), que mora com eles no mesmo apartamento. Nesse apartamento, os personagens debatem questões sociais e raciais, além de compartilharem anseios que envolvem a mudança de país. Vendo-se no centro do terror e separados por força das circunstâncias, o casal não sabe se conseguirá se reencontrar.  O longa é uma adaptação de “Namíbia, Não!”, peça de Aldri Anunciação que o diretor e ator Lázaro Ramos dirigiu para o teatro em 2011.

Sejamos todos antirracistas e vamos espalhar benefícios junt&s!

Jacqueline Moreno

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