Tradução Simultânea Remota: Dançando com Bolhas nos Pés

Tradução Simultânea Remota Dançando com Bolhas nos Pés
Tradução Simultânea Remota Dançando com Bolhas nos Pés

NaVEGAH com Humana Tradução & Comunicação É preciso

Quando Sandro Dulcet, diretor executivo da Humana Tradução e Comunicação me pergunta:

Jacqueline, pronta para participar de mais um desafio?

Eu digo “sim” de pronto!

Conheci o Sandro em um evento internacional em Fortaleza  em 2002. O assunto era sobre o semiárido, resiliência e escassez hídrica e os idiomas requisitados: português, inglês, francês e espanhol. O que a gente não contava era  ter  que traduzir “chinglês” (chinês misturado com inglês). E quando o palestrante começou a falar, foi literalmente uma “tortura chinesa” nos nossos ouvidos. Como é que se traduz algo quase indecifrável?

Nessas horas, a gente respira fundo e tenta buscar algum fio da meada com a apresentação em powerpoint,  palavras-chave do glossário, linguagem corporal ( leitura labial não iria nos ajudar em nada!).  A sensação foi como dançar com bolhas nos pés.

 Só a gente sabe a dor que é traduzir nessas circunstâncias. Não temos como inventar o conteúdo, mas temos como nos reinventar com muita coragem  e humildade de sermos  imperfeitos. Quem nos ouve merece todo o nosso respeito, dedicação ,ética  e precisão no conteúdo interpretado.

Tivemos outro evento na área de pesquisa sobre café e desta vez,  uma tradução simultânea remota (TSR) com cientistas de vários centros de referência internacionais. Quando chegou a hora do indiano falar sem microfone e com conexão instável, lembrei  imediatamente do desafio chinês.  Respirar fundo e manter a calma são verbos que aprendemos a conjugar no presente com uma vontade absurda de que possa ser conjugado no passado logo.

Vencemos mais esse desafio em equipe!

Recentemente Sandro convidou a equipe para mais uma aventura cibernética com palestrantes acadêmicos, cientistas políticos especialistas na área de geopolítica, democracia e mudanças climáticas. Todos falando sem microfone dedicado (microfone de computador não é eficaz o suficiente), alguns com conexão instável. E algo ainda mais desafiador: todos lendo o que estavam falando. E para piorar um pouco mais, todos lendo rápido!  Mais uma vez a gente dançou com “bolhas nos pés”. Apesar das adversidades, a sessão de perguntas e respostas foi muito bem sucedida e nas considerações finais, os palestrantes e organizadores agradeceram o nosso trabalho dizendo: “um ofício admirável! Os intérpretes são os que mais trabalham!”.

Agradecemos os elogios, mas o que esperamos mesmo é ter a garantia de:

  • Ter o conteúdo do que vai ser falado
  • Conexão estável por parte dos palestrantes
  • Palestrantes com microfones dedicados

Já temos mais eventos confirmados e vamos  conscientizar cada vez mais  nossos clientes a nos ajudar a dar o nosso melhor.

Eles merecem. Nós merecemos a vida inteira!

Jacqueline Moreno

É tradutora, intérprete, comunicadora, diretora executiva da Vegah Soluções em Comunicações Internacionais  e parceira colaboradora da Humana Tradução e Comunicação.

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