Tradução Simultânea Presencial com direito a Banho de Floresta

Jacqueline Moreno
Jacqueline Moreno
Fui convidada pela amiga e parceira intérprete Meg Batalha da nossa rede do Catálogo de Tradutores, para fazer a  tradução simultânea presencial em São Paulo, no município de São Roque. Chegando lá, fiquei fascinada pelo lugar, não somente pelo conforto da infra-estrutura, pelo assunto super interessante na área de desenvolvimento humano quântico.  O que e deixou encantada pela nossa majestade Mata Atlântica, pertencente ao Espaço Natureza Arco Íris, por sinal com uma pegada bem japonesa, vocação da cultura do lugar.
Durante cinco dias, antes de ir para a cabine de tradução simultânea, acordava bem cedinho para meditar por uma hora e meia no “quintal”, O remanescente da mata atlântica me enchia de energia vital com o  banho de floresta. Impressionante como nos faz bem essa conexão  ecossistêmica. Somos o microcosmo do universo e precisamos evoluir como espécie preservando a nossa Natureza maior. Só existe este caminho a seguir; floresta em  pé, vida em pé!
Você sabe o que é Banho de Floresta?
Realizamos muitos banhos  de floresta em Salvador na reserva SOS Vale Encantado  que estamos fazendo de tudo para salvar e tirar da mira da especulação imobiliária. Conheça o nosso coletivo cidadão e nossas ações sicioambientais. Instagram e Facebook: sosvaleencantado.
Aqui em São Roque, o que ficou de pé está sendo bem preservado e tem trilhas com o propósito meditativo contemplativo.
Compartilho os ensinamentos aprendidos no site Ecycle.  
“O banho de floresta, ou shinrin-yoku, em japonês, é uma espécie de terapia florestal que consiste basicamente em ir para uma área de floresta ou mesmo um parque e passar algum tempo em contato com a natureza. A técnica foi desenvolvida no Japão, em 1982, por iniciativa da Agência Florestal do governo japonês, que buscava encorajar as pessoas a saírem de casa e passarem algum tempo imersas na natureza.

Inicialmente baseado no senso comum de que o ar fresco e a imensidão de uma floresta fazem bem ao corpo e à mente, o banho de floresta logo começou a ser estudado e seus benefícios não tardaram a se comprovar. Atualmente, a técnica é usada como forma de medicina preventiva, tendo mostrado resultados na diminuição de cortisol, o principal hormônio causador do estresse, e da pressão arterial, além de melhorias na concentração e imunidade.

Praticar o banho de floresta japonês é muito simples, mas exige empenho do participante. A técnica propõe uma experiência meditativa, de silêncio, observação e trocas entre a pessoa e a natureza, sendo formada por exercícios muito semelhantes aos que mais tarde foram adotados pelas linhas de meditação mindfulness, como a observação detalhada de pequenos objetos, a caminhada lenta e com a atenção focada nos movimentos e a tentativa consciente de ampliar a percepção dos sentidos.

A sessão de shinrin-yoku começa com o deslocamento até uma floresta ou área verde, como um parque ou jardim botânico. O participante então deve se acalmar, observar o ambiente a sua volta e caminhar lentamente, prestando atenção ao movimento dos pé e deixando todos os sentidos atentos, permitindo uma imersão completa de sua consciência no ambiente da floresta. O silêncio e o contato com a natureza permitem serenar a mente e o corpo e ajudam a expandir o que é percebido pelos sentidos, sendo cientificamente aconselhado como método para reduzir o estresse.

O ideal é que a terapia florestal seja realizada de forma individual e sem interferências. Procure um ambiente natural tranquilo, vá sozinho e fique em silêncio ou, se for em grupo, combinem de só conversar ao final da experiência. Os estudos realizados comprovam que os benefícios podem ser sentidos com caminhadas a partir de 40 minutos, mesmo que sejam ocasionais – nesse caso, o ganho maior é emocional e de curto prazo. No método terapêutico, são propostas sete caminhadas de três horas cada, sendo uma por semana, para que o participante aos poucos vá treinando o corpo e a mente para aquietar-se e ampliar a percepção. O começo da prática pode ser feito com o aconselhamento de um guia, que o ajudará para que você possa prosseguir sozinho com as sessões de caminhada na natureza após as sete semanas iniciais.

Benefícios comprovados

O médico Yoshifumi Miyazaki, da Universidade de Chiba, no Japão, estuda o shinrin-yoku desde 1990 e, junto com outros pesquisadores, comprovou os benefícios da terapia florestal. Os resultados da pesquisa aprofundada, publicados em 2009, mostram que o contato com ambientes florestais reduziu em 13% a concentração de cortisol no sangue das pessoas analisadas, em 2% a pressão sanguínea e em 18% a atividade do sistema nervoso simpático, responsável pelas respostas involuntárias a situações de perigo e estresse, além de uma diminuição de 6% na frequência cardíaca. Os dados foram acompanhados por uma melhora de 56% na atividade do sistema nervoso parassimpático, que responde a situações de calma, indicando um relaxamento biológico.

Há ainda um estudo que mostra que os cheiros presentes em uma floresta agem de modo positivo no organismo humano, diminuindo o estresse e a irritação. Além disso, caminhar em uma área verde, como propõe o banho de floresta japonês, ajuda a estabilizar a pressão arterial e a fortalecer a imunidade das pessoas. A pesquisa analisou os efeitos dos óleos essenciais e dos odores emitidos pelas árvores e sustenta a hipótese de que os pinheiros estão entre os maiores potenciais terapêuticos de uma floresta”.

Finalizamos o evento com sucesso e voltando para Salvador a minha bagagem estava mais leve do que na volta. Por que? Porque o conhecimento fica  muito leve quando construído coletivamente. Luz não pesa!  E minha bagagem também ficou mais leve porque foram dias de trabalho de muitas trocas e trocas também não pesam!  Agora, o mais leve de todos os itens é a gratidão. Nos dar asas!!!

A gente merece a vida inteira!

Jacqueline Moreno

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