Segundas pelas Vidas Negras – Nosso Privilégio Branco de Cada Dia

Quantas pessoas negras frequentam o mesmo lugar que nós, ditos brancos e brancas? Como você se sente quando está em um espaço onde só há pessoas brancas?
Eu me sinto incomodada, ainda mais morando em Salvador, considerada a Roma Negra e a Capital da Diversidade. Mas isso não se aplica aos locais onde frequento como eventos internacionais, por exemplo. São raras às vezes que vejo palestrantes negros e negras estrangeiros, principalmente em eventos científicos. E até mesmo nas cabines de tradução simultânea há poucos intérpretes negros e negras.

Venho aprendendo que assumir uma postura antirracista é passar a perceber onde estão as pessoas negras, que, em geral não frequentam os mesmos lugares e não possuem a mesma abertura social que nós. Em shoppings e restaurantes, por exemplo, é muito mais comum ver pessoas brancas desfrutando o dia enquanto pessoas negras trabalham. Ser antirracista é notar esse padrão e incomodar-se com ele. No Brasil, a profunda segregação não está apenas nos atos explícitos de violência racial, mas também na dificuldade que a pessoa negra encontra para ocupar os mesmos espaços do branco.

Faço um convite: que tal unirmos forças para debater sobre este assunto já que saímos na frente com o nosso privilégio? Vamos promover equidade e igualdade também nas redes! Precisamos reconhecer os nossos privilégios. Este é o primeiro passo para desenvolver empatia por grupos marginalizados, que não possuem a mesma oportunidade que nós.

Eu fico com a posição de Vitória Alves Fidelis, servidora do TJRS!
Vamos espalhar benefícios juntes!
Jacqueline Moreno

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