Toda Segunda-feira eu publico informações sobre o racismo estrutural no Brasil e também exemplos de pessoas negras e indígenas inspiradoras. A intenção é criar conteúdo e massa crítica sobre o assunto e aguçar a nossa curiosidade e percepção sobre a desigualdade e falta de equidade existente até hoje no Brasil em pleno século 21.
Perguntas simples como:
Quantos amigos negros e indígenas temos desde o jardim de infância até a faculdade e vida profissional?
Quantas pessoas negras e indígenas assumem posições de liderança nas empresas, na política e nos espaços de tomada de decisão?
Quantas pessoas negras e indígenas são nossas vizinhas?
Quem mais sofre preconceitos e injustiça socioambiental e de outras tantas naturezas?
Hoje, dia 17 de janeiro de 2022, lembro de um fato que ocorreu há exatamente um ano, que eu interpretei como uma reparação pontual. No auge da nossa aflição por conta do atraso da vacinação contra covid-19 no Brasil, a enfermeira negra Mônica Calazans foi a primeira mulher a ser vacinada no Brasil.
Onde você estava no dia 17 de janeiro de 2021? Mônica jamais esquecerá!
Hoje, dia 17 de janeiro de 2022, começou também a vacinação das crianças de 5 a 11 anos, depois de superações de desnecessárias polêmicas. Ao ler as manchetes do G1, me chamou a atenção o sorriso lindo de Marion, a primeira menina vacinada no Brasil. Mais uma reparação? Teve o menino indígena também vacinado, o Davi Seremraminwe, no último dia 14. Confesso estar menos aflita agora, com a chegada das vacinas pediátricas. Precisamos proteger as nossas crianças!
Uma segunda-feira para se lembrar para sempre, ainda mais que hoje é o dia da primeira lua cheia do ano, bem no dia que celebramos o ano novo das árvores na nossa tradição judaica, o Tu b´Shevat. Tempo de semear e fazer frutificar o melhor de nós com nossas raízes de resiliência, inclusão e diversidade com amor, resistência e esperança.
Eu vou me lembrar para sempre deste dia. Para sempre.
A gente merece a vida inteira!
Jacqueline Moreno
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