Dia Mundial da Língua Materna

A linguagem primordial que aprendemos é a linguagem do amor. Trocamos afetos e energia vital. Todo ser tem a seu próprio meio de comunicação. Nós humanos precisamos cada vez mais entender os sinais da vida e interpretar seus ensinamentos. Podemos até ser poliglota e mesmo assim, seremos inábeis nesta fluência comunicacional, tão necessária para os dias de hoje, onde mal nos abraçamos por força das circunstâncias pandêmicas e onde estamos rodeados por muita desinformação e incompreensão.

Que tal então aprender a falar golfinês, por exemplo? Os golfinhos são educados pelas suas mães e madrinhas e cada assobio, cada salto e cada olhar tem um significado. Os pais são muitos e protegem toda a família. Todo movimento tem um propósito. Nada é desperdiçado nesta sociedade com inteligência coletiva exemplar. Os mais fortes protegem os mais frágeis.

Já mergulhei com golfinhos rotadores selvagens e o primeiro passo para falar seu idioma é não tocá-los e sim seguir junto lado a lado.

A primeira vez que mergulhei com a família marinha fiquei literalmente sem palavras. Havia um fluxo sinérgico que nos impulsionava e quando cada um deles me olhava profundamente nos olhos, me sentia a criatura mais especial do mundo.

Sou tradutora e intérprete de alguns idiomas humanos, mas nenhum deles é capaz de traduzir o sentimento de plenitude que até hoje sinto quando estou com a família marinha, mesmo em pensamento. É a natureza falando de igual para igual sem ruídos.

Quer aprender a falar golfinês? É fascinante e desperta a nossa imaginação e curiosidade! E por falar em curiosidade hoje é 220222 e se lermos de trás para frente, tem o mesmo significado! Este fenômeno é chamado de palidromo e ambiograma. Na língua materna é traduzido como reciprocidade! 

A gente merece a vida inteira!

Jacqueline Moreno
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