Sábado dia 5 de fevereiro de 2022, ficará na história como o dia do BASTA! Não podemos admitir que o caso Moise se repita. A tortura em qualquer hora, em qualquer lugar com qualquer vida não poder ser normalizada, pior, bestializada ao ponto de virar estatística. Não podemos endurecer os nossos corações e anestesiar a nossa humanidade diante do ocorrido à beira mar de uma cidade cantada aos quatro ventos como maravilhosa.
O que aconteceu a céu aberto e em plena luz do dia, lamentavelmente continua acontecendo também nos quatro cantos, em especial nas comunidades mais vulneráveis e desassistidas de políticas públicas eficazes e protetivas.
A forma que temos de dar visibilidade ao racismo estrutural e pernicioso no Brasil, é assumirmos o nosso papel cidadão e nos sentirmos responsáveis pela busca de soluções. O problema é nosso! Os direitos fundamentais têm que ser garantidos para imigrantes e brasileiros. Para a natureza além da nossa.
Dia 5 de fevereiro é o dia de mais uma primavera minha. E eu agradeço à vida pela proteção até então. Moise, ao contrário, não verá mais nenhuma mudança de estação porque dissemelhantes decidiram dar cabo do seu ser que não mais respira, não mais sonha, não mais acorda para ver o sol nascer.
Que Moise não tenha virado pó de estrela em vão. Que a dor da sua mãe e dos entes queridos sirva de alerta e como último chamado para nossa civilidade tratar de nos prevenir contra qualquer potencial barbárie.
Precisamos praticar nossa coletiva CURA: Capacidade de Urgência de Resposta ao Amor.
Dia 5 de fevereiro será um marco para valer todos os dias da união de propósitos em nome da nossa humanidade. Em vários lugares do mundo, seja presencial, seja remoto, haverá clamor de justiça por Moise.
De onde estivermos, às 10 h. horário de Brasília, vamos enviar muita luz para Moise e para seus familiares. Eu acredito no poder da coesão e da força dos bons pensamentos, e principalmente, da Ação!
Vamos seguir juntos nesta direção.
A gente merece a vida inteira!
Jacqueline Moreno
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