Na Vegah com você é preciso

O princípio

Depois de um casamento desfeito e com uma filha com três anos, iniciei aos 29 uma parceria com duas sócias. Criamos juntas a MCL Traduções e Consultoria em Idiomas e a ideia inicial era nos ajudar mutualmente com indicações de trabalhos ganhando com a produtividade e dividindo as despesas do escritório.

Nesta época era professora de inglês e a escola aonde eu prestava serviço me delegou para dar aulas de inglês para uma turma de alunos no Banco Econômico em Salvador. O trabalho foi elogiado e o Gileno Borges, gerente da área de tecnologia ao me conhecer, me desafiou a ser empreendedora e disse-me que as minhas duas parceiras poderiam fazer parte caso topassem. A tradução/interpretação simultânea seria o nosso principal negócio. Aceitamos a empreitada e ele estabeleceu trinta dias para a nossa preparação. Este prazo seria a justificativa dele junto e equipe para a mudança de fornecedor caso conseguíssemos ser bem-sucedidas.

Tradução simultânea é difícil e extenuante principalmente no início. É uma mudança de paradigma mental que exige tempo para maturar, aperfeiçoar a técnica e a presença de espírito. O vocabulário na área de tecnologia da informação era outro desafio. E o pior de tudo é que não havia curso preparatório em Salvador. Fomos para São Paulo fazer um curso de imersão de uma semana. Vivíamos o período da ciranda financeira e a moeda corrente estava desvalorizada. Tivemos que “pagar para ver” em dólar, pedindo dinheiro emprestado aos pais e outros patrocinadores. Fizemos o curso na Alumini e claro que a nossa prova foi insatisfatória, mas como uma ressalva: tínhamos potencial. Assim sendo, resolvemos perseverar e compramos o equipamento especializado de tradução simultânea a fim de atender as exigências do cliente. Assumi a minha coragem de ser imperfeita (por sinal esta foi a primeira frase que traduzi quando entrei na cabine). Lembro que as lágrimas me fizeram companhia juntamente com as palavras e também a falta delas.

Quebra do paradigma

Voltamos para Salvador e fomos para a primeira reunião como teste na sede do Banco Econômico na Av. ACM também em Salvador, local que seria prestado o serviço. Percebi que havia reuniões internacionais pontuais com até dez pessoas em diferentes salas. Veio-me então a pergunta prontamente: e se fizéssemos a tradução das reuniões sem a necessidade de equipamentos?

Era uma forma de praticar e de criar vínculo “olho no olho” com os nossos clientes e aprender fazendo ao passo que o vocabulário específico ia criando mais robustez no nosso glossário. Alinhei esta ideia com as minhas sócias que me deram carta branca para eu fazer a proposta para o Gileno Borges. Propus um valor diferenciado para o tipo de serviço sob medida intitulado “tradução relâmpago” devido à rapidez que estaríamos a postos e como não haveria equipamento, o preço ficaria muito mais em conta. E por ser uma inovação, teríamos que testar a sua eficácia. Ou seja, estávamos nos colocando à prova o tempo todo e mostrando vontade de nos superar.

Resultado: a ideia foi um sucesso e nós três estávamos sendo muito mais produtivas porque trabalhávamos em diferentes salas ao mesmo tempo. O antigo fornecedor perdeu esta oportunidade de surpreender o cliente. Nós não! Assim ganhamos massa crítica, mostramos nosso potencial inventivo e passamos com proficiência na prova dos trinta dias fornecendo serviços convencionais de tradução simultânea e inovadores de tradução relâmpago. Gileno Borges foi o meu mentor ao revelar o caminho que nem imaginava trilhar. Nutro por ele uma grande gratidão e admiração.

A tecnologia comunicacional da “tradução relâmpago” foi tão bem-sucedida que a Telebahia (empresa de telefonia fixa da época, hoje Vivo S.A) nos contratou para participar como a empresa de tradução na transferência de conhecimento no processo de reengenharia e preparação para a sua privatização. Eu assumi o projeto e formei equipe. Estávamos com dois grandes clientes, os mais exponenciais da época. Entretanto, não nos preparamos para o inesperado: o Banco Econômico quebrou e a Telebahia foi vendida mais rápido do que o esperado. E no meio desta “avalanche” uma das sócias resolveu sair e abrir concorrência (e nem vou falar o que acontecia nos bastidores da minha vida pessoal com o pós-divórcio). Não demorou muito a outra sócia resolveu desistir da sociedade por não se sentir apta para os revezes do empreendedorismo.

O recomeço

O que fazer? Com uma filha pequena e com um empreendimento que só tinha M (o C e L saíram o barco), resolvi aceitar o convite dos meus pais para morar com eles por um tempo. Aluguei meu apartamento e com o dinheiro investi em um curso de pós-graduação em Marketing na ESPM Escola de Propaganda e Marketing de São Paulo que estava ministrando aulas presenciais em Salvador. Um achado! Eu realmente precisava me profissionalizar e me reinventar, afinal era graduada em comunicação social e jornalismo pela UFBA e os cursos de proficiência no idioma inglês que vivenciei na Inglaterra e com a rica experiência ao morar em um kibutz em Israel aos 22 anos eram de grande valor, mas sentia que precisava de mais conhecimento na área negocial estratégica.

A minha reinvenção veio com duas letras mágicas: EV, ou seja, Escritório Virtual. A esta altura eu não tinha como pagar o salário da secretária nem muito menos o aluguel de uma sala. O quarto de empregada do apartamento dos meus pais se tornou o meu ponto de interseção com o EV. E quando eu conheci a Rosana Marques, a idealizadora da ousada iniciativa, compreendi que estava no caminho certo. O jeito era seguir adiante com a inovação dela aonde estou aportada até hoje.

Era 1996 e o que fazer com o nome MCL sem as sócias? Coincidentemente (será que foi coincidência?) minha filha apareceu no meu “home office” (o tal quarto de empregada) e me surpreendeu com um desenho lindo com dois golfinhos saltitantes no oceano azul. E assinou simplesmente Vegah, seu segundo nome. Este foi o toque que a vida me deu nas suas entrelinhas e eu acredito que ela vive nos dando sinais e por isso mesmo precisamos estar atentos e fortes aos seus chamados. E por que não colocar o nome da empresa VEGAH? O rebento vai crescer e prosperar e assim será a pequena grande empresa. Mantive o mesmo CNPJ e fiz a alteração contratual para Vegah Soluções em Comunicações Internacionais. E porque não mais Traduções? Porque o DNA da VEGAH é comunicação com possibilidade de orquestrar inovações internacionais e interculturais. E é o que andamos realizando! E o símbolo inspirado foram os golfinhos dentro do movimento Yin Yang buscando complementariedade. E por que os golfinhos? Porque eles são seres sensíveis, sinérgicos de alta inteligência coletiva. Sabem distinguir os vulneráveis dos mais fortes e são perceptivos e empáticos. Sabem trabalhar em regime de cooperação e honram e protegem a família principalmente os seus filhotes e membros mais velhos. Uma sociedade exemplar, portanto.

Mas não foi fácil recomeçar. Enfrentei muita dificuldade ao ponto de alguns familiares e amigos próximos sugerirem que voltasse para o mercado. Meu pai apoiou a minha decisão de prosseguir e isto foi vital para a minha autoconfiança. Lembro que certa vez fui contatada por um head hunter (caçador de talentos) para participar de executiva da empresa. A resposta veio prontamente: não ver a minha filha crescer. Com esta resposta eu dei adeus ao mundo multinacional e foquei todas as minhas forças no meu mundo empreendedor. Lembro que fechei vários negócios e aqueles que aconteciam no final de semana, colocava como condição levar a minha filha junto comigo. E foi assim que criei uma filha cidadã do mundo, a Marcela Vegah Moreno, hoje conhecida como Marccela Moreno, cineasta que já levantou voo, mora no Rio de Janeiro e tem o planeta Terra como pátria. ”NaVEGAH com VOCÊ é preciso” se tornou o nosso lema perante os nossos clientes e assim criamos o senso de pertencimento em equipe um processo seletivo para assumir a liderança da área de comunicação institucional em uma multinacional. Passei por todos os testes. Estava já na última etapa para falar com o CEO da empresa quando fui questionada sobre qual seria um obstáculo que poderia desistir de ser uma grandebem do jeito que os golfinhos fazem como embaixadores do oceano.

O encontro com clientes parceiros

O MBA em marketing e a leitura do livro “Sobreviver, crescer e Perpetuar” do empresário Norberto Odebrecht restauraram a minha fé no caminho escolhido. Criei a campanha de cartões postais com as fotos da minha filha pequena e com dizeres sobre as quatro estações e a arte de perseverar em quaisquer circunstâncias. Consegui com isso despertar a atenção de membros da Odebrecht que tinha a sede em Salvador e assim conquistei clientes que se transformaram em amigos.

Desenvolvi aulas de inglês com plano de ação sob medida e fundamentada na TEO Tecnologia Empresarial Odebrecht para os integrantes atingirem seu objetivo e depois tive o privilégio de traduzir as sábias palavras do Dr. Norberto nas suas reuniões de negócios e viagens ao Baixo Sul com parceiros internacionais e representantes das Nações Unidas para colocar em ação o seu programa mais audacioso: promover a educação pelo trabalho entre os adolescentes e adultos jovens filhos dos pequenos agricultores e desta forma, fazer a revolução da terra com a sua diretriz organizacional. Agradecerei eternamente ao meu mestre NO (Norberto Odebrecht) que muito me ensinou a sabedoria do espírito do tempo, a essência da sinergia e a importância de ter a visão de futuro de longo alcance para jamais deixar de acreditar.

Com ele tive a oportunidade de provar também do pudim mais delicioso da minha vida na sua Fazenda Vale Juliana. “Receita da minha mãe”, ele revelou. A Odebrecht é uma grande parceira. Com os seus líderes, tive a oportunidade de traduzir cursos de desenvolvimento empresarial e reuniões estratégicas e Road shows em vários centros educacionais e tecnológicos de excelência na América Latina (Peru). América do Norte (Estados Unidos) Europa (Alemanha, Inglaterra) e Escandinávia (Copenhagen) com professores e executivos altamente capacitados. Um rico aprendizado e o melhor, ganhando para aprender.

Veio o tempo dos girassóis. Tinha como alvo trabalhar com o tema “câncer” e desmistificar a carga pesada de preconceito e “atestado de óbito” que este nome carrega nas suas cinco letras. Pesquisei o mercado e descobri o NOB Núcleo de Oncologia da Bahia como potencial cliente. Resolvi então fazer a campanha para chamar a sua atenção. Elaborei um cartão para apresentar a VEGAH e dentro do envelope coloquei sementes de girassóis com o seguinte dizer: “Quem semeia girassóis colhe muita luz. Vamos iluminar o mundo juntos? ”. Núbia Menezes, gerente assistencial levou a séria a minha sugestão e plantou as sementes que se transformaram em girassóis gigantes.

A oncologista e diretora técnica Gildete Lessa, ao ver o jardim da clínica com as flores, quis me conhecer. Das sementes surgiu um forte laço de amizade e selamos 14 anos de parceria com belos projetos literários (Dicionário da Vida, Receitas da Vida, Orquestra da Vida), oficinas de comunicação, bazar da esperança, oficina de orquideaterapia, grupo de autoajuda, oficina fio a fio, projeto de educação Dê Sinal Verde à Vida, Núcleo de Autoestima, eventos temáticos, empoderamento dos pacientes em salas de quimioterapia e desfiles com mulheres mastectomizadas.

O melhor de tudo foi ver os pacientes se transformando em ativistas oncológicos e protagonistas da sua saúde mesmo em tratamento e retorno da doença. Este foi o maior legado que continua em curso no NOB. A VEGAH foi a catalizadora de uma mudança de atitude que prospera até hoje no grupo de Ajuda Mútua Bem Viver. Agradeço imensamente a diretoria do NOB representada pelas oncologistas Gildete Lessa, Clarissa Mathias e Lucia M Batista e todos os seus integrantes por confiarem no meu trabalho. Juntos, ganhamos o prêmio de responsabilidade social com o projeto Dicionário da Vida e contribuímos com a expansão organizacional do NACCI Núcleo de Apoio ao Combate do Câncer Infantil. A venda dos livros foi totalmente revertida para a casa de apoio e isto deu muita visibilidade ao NOB na comemoração dos seus 10 anos de existência e também ao NACCI. Um sucesso!

Em 2012 Criamos e executamos o projeto dos 20 anos do NOB com a comunicação integrada Orquestra da Vida dando como resultado a memorável festa que contou com a participação da OSBA Orquestra Sinfônica da Bahia e do Grupo Instrumental Garagem, apresentação do vídeo institucional e o lançamento do livro de arte que foi presenteado entre os parceiros. Show! Hoje o NOB faz parte da Rede Oncoclínicas com as centralizações das ações de comunicação e marketing em Belo Horizonte, Minas Gerais. Tornou-se nacional.

O retorno para o mar

Veio o tempo dos golfinhos e o curso de autoconhecimento Dolphinbreth com a americana e bióloga celular Herriet Meiss em Fernando de Noronha. Um presente! Fui como participante no primeiro ano e passei a ser a tradutora oficial da Harriet nos três anos consecutivos de vivências e workshops. Ela muito me ensinou sobre a arte de ouvir com o coração e ver com a alma. Mais uma grande mestra da minha vida. Os golfinhos só fortificaram o que eu já sentia dentro de mim: que somos todos do Planeta Água e ao mergulhar com eles eu compreendi o que significa estar no aqui agora e a olhar profundamente o outro sem julgamento. Eles me ensinaram a exercitar a minha diplomacia literalmente até debaixo d´água.

Veio o tempo de ganhar licitação da Petrobrás e de montar equipe para prestar serviços na Refinaria Landulfo Alves e depois em empresas do Pólo Petroquímico. Veio a fase árdua de dirigir estradas perigosas e dar horas extras nos turnos noturnos. A grande lição aprendida ao trabalhar em ambientes de transferência de conhecimento envolvendo conflito de interesses pontuais foi o de aprender a “filtrar” os devaneios e desmazelos com as palavras por parte do transmissor da informação e passar com fluidez a comunicação sem ruídos para o receptor. As palavras têm um grande poder e é preciso trata-la com respeito e delicadeza. O trabalho da VEGAH traz este estilo sinérgico de buscar o entendimento e sentimento de pertencimento. Colocamos em prática a filosofia de barco com a escolha das pessoas certas para desempenhar as tarefas que no conjunto gera mais eficiência, eficácia e sinergia. Este é o conceito de parceria e resultado compartilhado. Nesses 20 anos geramos muito trabalho e oportunidades, mas na verdade nenhum emprego. Afinal, esta é a nossa tarefa empresarial.

De 1993 até hoje muitas mudanças no mercado aconteceram e hoje o nosso maior cliente- a Odebrecht- encontra-se em grande crise de identidade e valores. Mas o que aprendi e continuarei aprendendo com eles é ativo legítimo e praticado com senso de responsabilidade pela VEGAH. A TEO que “bebi” da fonte do seu criador é meu grande manancial de inspiração, transpiração, conspiração e aspiração para ir mais longe.

2016: Ano de mudança de rumo

Estamos com alguns projetos em desenvolvimento e a “calmaria generalizada” do mercado principalmente na capital da Bahia tem sido bem aproveitada. O lançamento da releitura do Dicionário Da Vida com replicabilidade nacional é um projeto em curso para os 20 anos da VEGAH e temos outros programas também em vias de viabilização. A crise de 2016 serve com combustível para a nossa criatividade organizacional. O Efeito Girassol se faz presente com a participação de todos voltados para o mesmo propósito e para a direção da luz. Voltamos ao tempo de dar palestras gratuitas para abrir novos horizontes e expandir nossa prosperidade através da doação.

A sustentabilidade organizacional é a nossa linha mestra na condução de oficinas, cursos, técnicas de coaching. Eu como diretora executiva dos meus próprios passos tenho como questionamento diário a seguinte máxima: “ao invés de querer saber que tipo de mundo deixaremos para as crianças temos que perguntar que tipo de crianças deixaremos para o mundo”. Esta foi a frase vencedora que uma criança proferiu na ONU. A educação é o lastro e nós temos que ser a mudança a fim de edificar o que merecemos ver na nossa nação.

E para fazer valer a minha tarefa social contribuo semanalmente com comentários e crônicas sobre sustentabilidade na Rádio Sociedade da Bahia no Programa Sinta-se Bem com Olga Goulart (FM 102.5). Recebi o feedback de Olga Goulart que os ouvintes têm gostado muito e andam pedindo mais.

O que percebo é que, ao passo que amadureço na linha do tempo, a capacidade de me surpreender com os meus achados diante dos obstáculos e inquietações me faz rejuvenescer o meu espírito de aventura, combustível vital para o empreendedorismo. A arte de aprender a aprender me leva a buscar novas rotas de sucesso com os prováveis insucessos. E isto serve de adubo para a minha humildade e humanidade.

Espírito do tempo: Transformando ameaça em oportunidade

Para ilustrar esta lealdade com o espírito do tempo, vai um relato:

Em 2011 prestamos serviço de tradução simultânea para um cliente que lamentavelmente não nos pagou devido ao prejuízo que levou com o seu evento. Tivemos que absorver o passivo dele e pagar as despesas, honorários e impostos devidos. E olha, foi uma boa suma que deixou de entrar no caixa da VEGAH. Até hoje faz falta.

Cinco anos se passaram e este ano de 2016 o cliente me enviou e-mail dizendo que ainda não podia honrar com o seu compromisso. Achei elegante e sincero da parte dele e eu aproveitei o ensejo e o convidei para participar da elaboração de dois projetos que precisam de design gráfico, a especialidade dele. Com esta atitude partimos para um novo patamar de possibilidades e abrimos a janela para a prosperidade entrar. Assim o cliente que agora virou parceiro nos pagará ao passo que lucraremos juntos na fase de execução. É o jogo ganha-ganha, é a mente voltada para a abundância e assim sendo, aproveitamos os (e) ventos do caminho para naVEGAH ajustando as “velas” à realidade que se apresenta. é preciso.

Estudar é o verbo que conjugo diariamente. Além do MBA em propaganda e marketing pela ESPM, fiz também o MBA em Sustentabilidade e Responsabilidade Social pela UNFACs e o curso de especialização em Coaching pela Coaching International. Precisamos ser o centro de coerência das nossas atitudes. Por isso que hoje uso a bicicleta como meio de transporte, comprei um terreno juntamente com amigos para criar o conceito de Eco Vila e proteger a Mata Atlântica da Linha Verde. Faço campanha para salvar as árvores da cidade denunciando os absurdos praticados pela voraz especulação imobiliária e já consegui salvar algumas e também já chorei por muitas que foram ao chão. Na primavera temos como plano fazer uma expedição de caiaque na Baía de Todos os Santos “Em Socorro à Família Marinha” visando chamar a atenção da sociedade sobre a importância de não jogar plásticos e outros dejetos no mar, pois os animais e pássaros se confundem pensando que é alimento e morrem asfixiados.

Na comunidade judaica local, criei com mais um membro parceiro Saul Kaminsky o projeto Espaço Tzomet que tem como objetivo nos reunir mensalmente e dialogar sobre a nossa história, cultura, arte e pensamento crítico. Os jovens são o público alvo assim como os mais sábios. Tzomet significa interseção e este é o lugar que cabe a diversidade e a apreciação. Este é o lugar que os conjuntos unitários têm chance de se encontrar e florescer novas ideias e ideais. Este é o lugar que o agora habita com o olhar atento para o amanhã. E este é o efeito Kadima (avante em hebraico) que merecemos prosseguir empreendendo o nosso destino.

Agradeço imensamente a oportunidade de ter dado uma revoada nos 20 anos da VEGAH através desta bela provocação dos 20 anos do EV que é sinônimo de porto seguro para mim. Estamos em franca reinvenção e a minha intuição me diz que temos chances de sermos a empresa vencedora desta competição. Nossa história é instigante e o melhor de tudo é que tem muitos pontos de continuação pela frente também com o EV. E o melhor de tudo mesmo é poder olhar com orgulho para o que nos tornamos e com curiosidade para o que ainda nem imaginamos nos tornar.

Meu profundo agradecimento aos meus pais Marlise e Almério que acertaram muito mais do que erraram na minha educação e dos meus três irmãos Paulo, Adelmo Neto e Almério Jr. A ética pelo trabalho, a disciplina de poupar e a honra à palavra dada e ao nome são o grande legado passado de geração a geração. O caso de amor incondicional a vida eu continuo aprendendo especialmente com meu pai que luta contra o câncer com estoicismo tendo como guia a minha querida cliente e amiga Gildete Lessa do NOB. Hoje ela já faz parte da nossa família.

E olhando com o olhar bem voltado para o presente e futuro, dedico este amor maior do que eu à minha filha e ao meu companheiro do destino.

Jacqueline Moreno
Diretora Executiva da Vegah Soluções em Comunicações Internacionais